top of page

Fortuna Crítica (Trechos)



Ricardo Vieira Lima, ou melhor, Ricardo: a arte é longa, a vida é breve. Então, há que trabalhar muito para encher a vida de toda a arte possível. Já tens o estro. Desejo-te, mais do que boa sorte, força de vontade e gosto de aprender.

 

José Saramago

​

Meu caro Ricardo Vieira Lima, 

Li o seu belo conjunto de poemas com assaz interesse. 

Devo dizer-lhe, simplesmente, que, a despeito da sua pouca idade e do seu cultivado ineditismo, você já possui a essência de um grande poeta.

 

Antônio Houaiss

 

Ricardo Vieira Lima estreia com voz já pessoal e bastante maturidade. Sua observação é crítica, às vezes irônica, em versos bem estruturados e aparentemente livres. Vê-se que não é seduzido pelo artifício tout court do seu instrumento, mas pelo lado ars do fabbro e pelo interesse em participar da vida e do momento que estamos vivendo, através do uso da palavra exata, com a clareza nada tortuosa de um fazer poético que não dispensa a comunicação.

 

João Cabral de Melo Neto 

e Marly de Oliveira

 

É sempre uma alegria e uma esperança encontrar e reconhecer um poeta como Ricardo Vieira Lima, que tem muito a dizer e sabe como fazer. Não como faria um poeta a mais, e sim como fazem os verdadeiros poetas.

 

Jorge Amado

 

Trata-se de um poeta que nasce sob o signo da variedade. Um poeta turbulento, de espírito inquieto. E com a dimensão social que imprime uma unidade profunda a estas páginas escritas no contato mais íntimo do ser com a vida.  

 

Antonio Carlos Villaça

 

O que mais me surpreende nesta poesia é a sua maturidade. Ainda muito jovem, Ricardo Vieira Lima conseguiu um resultado do fazer poético que outros poetas, com mais chão e anos de trabalho, muitas vezes deixam de alcançar.

 

Olga Savary

​

Jovem, embora experiente versificador e artesão da rima, Ricardo Vieira transforma o cotidiano em literatura, e liricamente vai filosofando, ironizando “a poesia humana, urbano-neurotizada”.

 

Amélia Sparano 

Relatora da Comissão Julgadora do Prêmio Jorge Fernandes, da União Brasileira de Escritores

 

A poesia de Ricardo Vieira Lima é – num nível que raramente encontramos – uma estrutura erguida sobre os dados imediatos da vida. É uma poesia que não filtra o real inumerável em peneiras estreitas. Ao contrário, nos conduz, sempre, à fluente leitura. Irônico, crítico, com uma consciência sempre atenta ao que nos cerca, Ricardo, em sua posição de poeta da vida presente, possui uma longa ascendência na literatura brasileira, de onde data pelo menos de Gregório de Matos. Seu senso rítmico possui aquela energia extremamente saudável de quem se formou em pleno sol, e não na penumbra alexandrina e decadente dos propagandistas de teorias e de seitas.

 

Alexei Bueno

 

A poesia do Ricardo é feita de veredas variadas, capazes de agradar a quem procura altissonâncias metafísicas ou arroubos de indignação política. Mas o que mais me encanta é a sua vertente lírica, às vezes de um prosaísmo brutal (v. “Michelangelo”), às vezes deliciosamente frívola (como em “Centúria”, o primeiro poema a cantar os cosméticos). Quando mergulha liricamente no cotidiano e refabrica os fogos da fala da paixão, o Ricardo acerta na mosca.

 

Geraldo Carneiro

 

Agrippino Grieco disse de Castro Alves (o muito seu Castro Alves) que “foi um dos nossos grandes produtores de civilização”. Ricardo Vieira Lima tem coragem e conhecimento suficientes para encarar a poesia nos termos e importância em que aí se sugere. Agora é caminhar, que o primeiro passo, este, é forte, decidido – e vai ao seu encontro, leitor.

 

André Seffrin

 

Caro Ricardo, seus poemas, emocionantes e atualíssimos, me tocaram de maneira contundente, não só pela técnica e forma brilhantes, mas pelo teor poético corajoso e digno, de quem vê a arte como algo belo, mas, também, como um ato de pensamento.  São poemas que ficam reverberando por dentro, ecos de uma imensa indignação sem data, porque para sempre. Obrigado por tanta beleza, poeta.

 

Tanussi Cardoso

​

​

bottom of page